terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Árvores Grandes Sobrepondo-se ao Laranja do Céu no Papel Amarelo

Eu tenho certeza que era alguém melhor quando pequena. Quando desenhava árvores no pôr-do-sol. Quando era devota. Quando sorria sem compromisso. Eu era grande quando pequena isso já é comprovado. Perdoava fácil. As dores escoavam. Eu pulava e mergulhava com maestria. Tinham plumas me conduzindo às cores do vento.
Tenho saudades dessa época em que meu cabelo era mais brilhante. Tenho saudades de quando um elogio bastava. De acordar cedo para fazer um bolo de chocolate para o café da manhã. De me doar.  A capela do meu antigo colégio. A simplicidade bonita.
Quero voltar ao dia em que meu pai brigou comigo e desenhar mais uma vez aquelas árvores grandes sobrepondo-se ao laranja do céu no papel amarelo.
             E dar para ele com todo o meu amor.

O chão pisado é de um azul royal

Colorido de açaí e de frutas vermelhas, seu castelo de pedras, ajoelha-se para o violão recostado. Preenchimento de espaços, segura a minha mão para atravessar a rua. Pintam-se as cartolinas do colégio, o chão pisado é de um azul Royal. Tantas cores que tem nessas suas mãos e elas passam pelas minhas pequenas rugas do rosto, deixando-as encantadas. Continue a encantar, é ar!   É luz!